sexta-feira, 28 de novembro de 2008
A Serra da Estrela
Cai a neve devagarinho,
Tão bela, dá gosto vê-la,
Vestindo um manto branquinho
À nossa Serra da Estrela.
É sublime o panorama
Neste quadro natural
Onde o clima pinta a rama
Das árvores de Portugal.
As vertentes vão ficando
Pouco a pouco transformadas
Com a neve que vai mudando
A cor das Penhas Douradas.
E a Torre fica mais fria
Ao sabor da fina aragem,
Mas não perde sua magia
Nos braços desta paisagem.
Em troca dos bons rebanhos
Que o pastor guardou no monte
Ficaram encantos tamanhos
Do pôr-do-sol no horizonte.
Quem sobe à Serra da Estrela,
Seja Inverno ou seja V'rão,
Finda sempre por trazê-la
Dentro do seu coração.
Na montanha sou feliz
Com neve ou rochas ao léu,
Porque vejo o meu país
Muito mais perto do céu.
RAMA LYON
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Passarinho atormentado
Sou um triste passarinho Nesta vida atormentado A viver sempre sozinho No beiral do teu telhado. Nas horas que vão passando, No meio das noites serenas, Dia a dia vou arrastando O peso das minhas penas. Mas tu andas descuidada Sem me dares um só olhar, A janela está fechada E eu assim não posso entrar. Se eu podesse transpor A blindagem da tua casa Fazia-te um ninho d'amor No calor da minha asa. Basta abrires a janela E aquilo que logo faço É passar através dela P'ra poisar no teu regaço. Levarei para a tua mesa Migalhinhas do meu pão E tu ficas com certeza Dona do meu coração. Depois quando fores rainha De todos os meu carinhos, Serás a doce mãezinha Dum bando de passarinhos.
RAMA LYON
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Castanhas de São Martinho
O Outono ainda mantém
A floresta conservada,
A folhagem bem dourada.
A castanha sai do ouriço
Deslizando de mansinho
Para honrar o compromisso
De chegar p'lo S. Martinho.
Cai no chão, resplandecente,
Difundindo a linda cor
Que contrasta alegremente
Como os olhos do meu amor.
Quando vai p'ra nossa casa
Diz adeus ao castanheiro,
Saboreia o calor da brasa
A dançar no fogareiro.
Vai mantendo a tradição
E é por isso que vos lembro,
Essa grande animação
No dia onze de Novembro.
P'ra alegrar o bom santinho
E mostrar-lhe a nossa fé
Lá vão dois copos de vinho
E outros tantos d'água-pé.
A castanha fica contente
Na casa do pobrezinho
Que festeja alegremente
O Verão de S. Martinho
RAMA LYON
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Coimbra vestida de luar
Certa noite pedi ao luar
Numa prece comovida,
Se ele podia iluminar
Coimbra adormecida.
Prometeu-me que viria
Contentar minha vontade
E num abraço cobriria
De branco toda a cidade.
A sua promessa cumpriu
Num gesto muito risonho
E com seu manto vestiu
A noite feita de sonho.
Desceu da lua em acrobata
Pondo a cidade mais linda,
Tingindo com cor de prata
A nossa velha Coimbra.
As guitarras regressaram
Ao silêncio e ao sossego,
Os estudantes admiraram
O brilho do rio Mondego.
Era imenso o esplendor
Que à nossa terra descia,
Abraçando com fervor
A cidade que dormia.
Como foi grande a riqueza
Que o meu coração sentiu
Deslumbrado com a beleza
Sempre alerta...não dormiu.
RAMA LYON
sábado, 1 de novembro de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)