quarta-feira, 30 de março de 2011

Minha linda magnólia

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Minha linda magnólia

Oh magnólia, meu encanto,

Das flores formando um véu,

Que estão em doce pranto

Viradinhas para o céu.

Embelezas meu jardim

Numa dádiva sincera,

Com teu manto de cetim

Colorindo a Primavera.

És um raio de alegria

Dando luz a um belo tema,

Num jardim de poesia

Onde eu fiz este poema.

Até mesmo os passarinhos

Como bons respeitadores

Não fazem em ti os ninhos

P’ra poupar as tuas flores.

És por todos, admirada,

Pela tua grande beleza.

Linda estrela, iluminada,

A dar brilho à Natureza.

Quando o vento acaricia

Tuas pétalas levemente,

Elas lançam a poesia

Na alma da nossa gente.

Mesmo próximas da meta

A tombarem para o chão,

Ainda alegram o poeta

A quem deram inspiração.

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Rama Lyon

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terça-feira, 22 de março de 2011

Poeta Perdido

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A guerra voltou de novo

A este Mundo incapaz

De controlar o seu povo

Que não quer viver em paz.

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E nós vamos assistindo

Ao semear da destruição,

Com as bombas já caindo

A matar sem compaixão.

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No ’’poleiro’’os fabricantes

Desta máquina infernal

Vão dizendo, delirantes,

Que é para atacar o mal.

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Eu talvez, seja ignorante

Nesta guerra sem juízo.

Mas não vejo um só instante

Que tal acto seja preciso.

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Já pensei a vida inteira

Sem poder compreender,

Se não há outra maneira

D’haver calma sem morrer.

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Neste mundo, entristecido,

Eu não sei mais o que sinto,

Sou um poeta, já perdido

No centro dum labirinto.

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Mas no fundo até percebo

Que p’ró mal que há na terra,

Não são os versos q’escrevo

Que farão parar a guerra.

Rama Lyon

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