quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Outono da minha aldeia

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O Outono da minha aldeia

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Cai a folha ao castanheiro,

Nesta quadra Outonal,

E o vento corre brejeiro

Refrescando Portugal.

A castanha vem de novo

Entre dois copos de vinho,

Alegrar o nosso povo

Na noite de S. Martinho.

Os campos perdem o brio

Numa cor amarelada,

Começou a fazer frio

E a terra ficou gelada.

Já é tempo da velhinha

Ir ao monte p’ra colher

Três cavacos e uma pinha,

Para o lume ir acender.

E depois lá na lareira,

No conforto do seu lar,

Dar graças, por ser da Beira

E na aldeia hoje morar.

Como é linda a sua terra,

A qual vai dentro em breve,

Cobrir de branco a serra,

Com fino manto de neve.

E depois nesta odisseia

O ditado, já é eterno,

O Outono deixa a aldeia

E a seguir vem o Inverno.

Rama Lyon

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