segunda-feira, 1 de abril de 2013



O dia das mentiras



Portugal já tem dinheiro
E deixou de andar ‘‘à nora’’
Veio prá rua todo gaiteiro
E mandou a troika embora.

Há trabalho para o povo,
Tantas fábricas reabriram,
A alegria voltou de novo
Porque os sonhos já floriram.

Numa onda de ventania
Os capitais já regressaram,
Pra fazer nossa alegria,
Até os impostos baixaram.

Cortou-se o mal p’la raiz
Com mãos fortes, poderosas,
E por fim no meu país
Tudo é...um mar de rosas.

Mas no meio desta riqueza
Em que eu, pus a Nação,
Quero dizer com clareza;
Simplesmente é ilusão.

Foi apenas um esquema
Estas palavras tão giras,
Que serviram de poema
Para o dia das mentiras.

A mentira é grosseria,
Fica mal num ser humano.
Eu menti só neste dia,
Mas alguns, é todo o ano.

                        Rama Lyon

1 comentário:

Fernanda R-Mesquita disse...

Ola amigo. Verdade o seu poema. Ja editei no viver e sentir. Tudo de bom para si e a Cidalia.