domingo, 8 de novembro de 2009

A vida de pastor

A vida de Pastor

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Ainda o sol não despontou

A dar vida à paisagem,

Já o pastor encaminhou

O rebanho prá pastagem.

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Segue o ditado de outrora

Como seu pai já dizia,

Ser ao romper da aurora

Que começa um novo dia.

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Leva às costas o cajado

Em madeira de castanho

Com que vai guiando o gado

Na traseira do rebanho.

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E seu cão, sempre atento,

A qualquer rês tresmalhada,

Vai na frente, rabugento,

Com a cauda levantada.

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Quando chegam ao destino

Tudo fica em calmaria,

O rebanho põe-se fino

A pastar durante o dia.

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À noite volta de novo

Com a graça do Senhor,

Como bom filho do povo

Que optou em ser pastor.

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No curral descansa o gado

Com o cão por companhia

E até mesmo o cajado

Fica à espera dum outro dia.

Rama Lyon

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2 comentários:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Quanto tempo! Nunca perdem o dom de me fazerem sorrir os seus poemas. Quanta falta faz este poema no Cantinho da Poesia, para alegrar aquele espaco! E Lacos de Poesia fica com outra cor... cores vivas de pequenas realidades, mas que siginficam vida... vida que nao passa despercebida ao autor, dono de uma invulgar sensibilidade e de um dom incrivel para as descrever. Parabens. Com muita amizade...

Eduardo Mesquita disse...

Concerteza que o meu amigo continua muito ligado as raízes da nossa terra. Retrata em palavras os viveres e tradições do nosso povo. A vida de pastor está transcrita neste poema de uma forma real. Ler este poema é estar um pouco numa qualquer planície ou monte do nosso país e observar aquilo que de melhor tem, sem todo aquele asfalto que prolifera por todo o lado.
Muitos parabens , a sua sensibilidade sai rejuvenescida cada vez que escreve um poema; a sua e de quem o lê.
Eduardo.