terça-feira, 10 de novembro de 2009

A noite de São Martinho

A noite de São Martinho

O meu rico S. Martinho

É tão farrista que até,

Faz cantar o Zé-povinho

Com dois copos d’água-pé.

.

Foi cavaleiro romano

Com aprumo e distinção,

Chega sempre ao fim do ano

Com solzinho de Verão.

.

Em Novembro sorridente

Vem lembrar suas façanhas,

Canta e dança alegremente

Ao estoiro das castanhas.

.

Tem uma noite de alegria

Misturado com o povo

Que celebra com folia

A festa do vinho novo.

Nossa malta perturbada

Anda levada da breca

A comer castanha assada

E a beber pela caneca.

.

Como é bom viver assim,

Sem da crise ter-mos susto,

Nesta noite sem ter fim

À volta deste magusto.

E o povo na brincadeira

Vai ficando coradinho,

Durante a noite inteira

A saudar o S. Martinho.

Rama Lyon

3 comentários:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Como e bom viver assim... acordar e encontrar o jARdIM DA AMIZADE com um novo poema.Aqui ainda e noite, 7h da manha.

Nossa malta perturbada
Anda levada da breca
A comer castanha assada
E a beber pela caneca.

Comecar o dia a ler quadras destas, me fazem comecar o dia a sorrir. Obrigado.

RAMA.LYON disse...

Será que por essas terras do Globo também existam castanhas e água-pé?... Em todo o caso...festa rija para vós.

Eduardo Mesquita disse...

E' facil ter uma festa rija quando inspirada no calor das palavras que escreveu neste poema.
Existem castanhas, mas nao tao boas como as portuguesas, mas existe a mesma alegria e felicidade para termos na noite de S. Martinho o ambiente ideal que o proprio santo recomenda.
Eduardo.