A floresta conservada,
A folhagem bem dourada.
A castanha sai do ouriço
Deslizando de mansinho
Para honrar o compromisso
De chegar p'lo S. Martinho.
Cai no chão, resplandecente,
Difundindo a linda cor
Que contrasta alegremente
Como os olhos do meu amor.
Quando vai p'ra nossa casa
Diz adeus ao castanheiro,
Saboreia o calor da brasa
A dançar no fogareiro.
Vai mantendo a tradição
E é por isso que vos lembro,
Essa grande animação
No dia onze de Novembro.
P'ra alegrar o bom santinho
E mostrar-lhe a nossa fé
Lá vão dois copos de vinho
E outros tantos d'água-pé.
A castanha fica contente
Na casa do pobrezinho
Que festeja alegremente
O Verão de S. Martinho
RAMA LYON
1 comentário:
Continue com esta forma simples, real, leve, bem construida de escrever. Este foi mais um poema seu que me fez sorrir. Mais uma vez parabéns!
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