sábado, 31 de janeiro de 2009

Sonhando à beira-mar

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Sonhando à beira-mar

Estava eu à beira-mar,

Veio uma onda de poesia

Que me deixou a pensar,

Se era amor que eu sentia.

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Por momentos, meio perdido,

Vi um anjo todo airoso

Que me disse ao ouvido;

Meu amigo, estás amoroso.

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Meu peito ficou enleado

Minha cabeça irrequieta,

Nunca me tinha lembrado

Que tinha alma de poeta.

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E nas vagas espumando

Ao sabor da maré-cheia,

Vi nas águas caminhando

Junto à costa uma sereia.

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Foi então que eu senti

Meu coração perturbado

E depressa compreendi

Que já estava apaixonado.

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Nada mais pude fazer

Nesse instante de magia

Que não fosse o escrever

Nas ondas da poesia.

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Sete quadras imprimi

Pra mais tarde recordar

Esse sonho que eu vivi

Certo dia à beira-mar.

Rama Lyon

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2 comentários:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Reconheria um poema seu em qualquer lado... penso eu. É tão original, tão real e tão agradável... seus poemas são envolvidos de uma simplicidade poética muito boa.

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Voltei de novo... gosto deste poema. Porque não o publica no cantinho?