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Sonhando à beira-marEstava eu à beira-mar,
Veio uma onda de poesia
Que me deixou a pensar,
Se era amor que eu sentia.
Por momentos, meio perdido,
Vi um anjo todo airoso
Que me disse ao ouvido;
Meu amigo, estás amoroso.
Meu peito ficou enleado
Minha cabeça irrequieta,
Nunca me tinha lembrado
Que tinha alma de poeta.
E nas vagas espumando
Ao sabor da maré-cheia,
Vi nas águas caminhando
Junto à costa uma sereia.
Foi então que eu senti
Meu coração perturbado
E depressa compreendi
Que já estava apaixonado.
Nada mais pude fazer
Nesse instante de magia
Que não fosse o escrever
Nas ondas da poesia.
Sete quadras imprimi
Pra mais tarde recordar
Esse sonho que eu vivi
Certo dia à beira-mar.
Rama Lyon
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2 comentários:
Reconheria um poema seu em qualquer lado... penso eu. É tão original, tão real e tão agradável... seus poemas são envolvidos de uma simplicidade poética muito boa.
Voltei de novo... gosto deste poema. Porque não o publica no cantinho?
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