segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Ao povo da Madeira
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Poema para ti

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Este poema que vais ler
Não foi pensado por mim
Porque eu não sei fazer
Versos tão lindos assim.
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Dei apenas o contributo
Como simples escrivão,
Porque isto é o fruto
Que ditou meu coração.
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Num momento apaixonado
Com palavras de ternura,
Veio ao mundo este ditado
Numa folha d’aventura.
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Eu deixei-me incendiar
No calor dum beijo teu
E no seio do verbo amar
Meu poema assim cresceu.
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De tal forma que agora
Eu o sinto noite e dia
No meu peito hora a hora,
Como airosa melodia.
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Junto dessa tua imagem
De beleza desmedida
Ele dá-me a coragem
P’ra te amar toda a vida.
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Estes versos deixam ver
Que por amor me perdi,
Impelindo-me a fazer
Este poema para ti…
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Rama Lyon
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Portugal mascarado

Portugal mascarado
Desde à tempos mascarado
Este nosso Portugal,
Vê seu sonho realizado
Com a vinda do Carnaval.
Vai andar de rua em rua
Numa grande palhaçada.
Mas que parva ideia a sua,
Para nós não muda nada.
Digo isto com franqueza,
Não pensem que m’engano,
Palhaçada à portuguesa
Temos nós durante o ano.
Mas vamos vê-la brilhar
No meio de grande banzé
Em Buarcos e Loulé.
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Até mesmo na Mealhada
E em tantas terras mais,
Anda o povo na calçada,
Como bandos de pardais.
Vamos lá aproveitar
Vitamina de alegria
Que o Carnaval vai dar
Nas ondas desta folia.
Todos nós compreendemos
Que esta hoje é mesmo sã
Mas por contra, não sabemos
Como irá ser a de amanhã.
Rama Lyon
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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O CRAVO E A ROSA
Eras rosa de jardim
Juntou-nos S. Valentim,
Hoje somos amor-perfeito.
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Nesse laço de paixão
Com que o santo nos uniu
Ficou tamanha junção
Que até hoje não partiu.
Mas antes, pelo contrário,
Na roda da nossa sorte,
Esse amor incendiário
Cada vez está mais forte.
É chama que nos aquece
Linda estrela que merece
Toda a nossa simpatia.
Ilumina os nossos passos
Pela estrada da doçura
Deitando nos nossos braços
Uma luz…feita ternura.
Amar é nosso destino
Nas horas boas e horas más,
É um tal poder divino
Que tudo por nós ele faz.
Que a história carinhosa
Que o nosso amor bendiz,
Dê ao cravo e à rosa
Um final muito feliz.
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Rama Lyon
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
Na praia da Figueira

Foi na Figueira da Foz
Que um dia te conheci,
Por um olhar entre nós
Eu fiquei louco por ti.
Andavas de mini-saia,
Forma simples de trajar,
E até o vento na praia
Insistia prá levantar.
O meu coração parou
Como barco dando à costa,
O teu rosto então corou
E eu vi logo a resposta.
Era o amor vagueando
Ao sabor dos temporais,
Que me ia empurrando
Para ti, cada vez mais.
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Desenhei na areia fina
Nossos corações em flor
E acrescentei por cima;
Eu te amo meu amor.
E feliz como a sereia
Vieste sem embaraços,
Sob o olhar da maré-cheia
Atirar-te prós meus braços.
Aqueles beijos salgados
Que trocámos na Figueira,
Deixaram-nos enamorados
Pró resto da vida inteira.
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Rama Lyon