As férias de dois pombinhos
A areia ficou dourada
Com os raios do sol-posto
Numa praia abandonada
Em finais do mês d’Agosto.
Dois pombinhos à beira-mar
Iam arrulhando coisas sérias,
O que é doce vai acabar,
Amanhã findam as férias.
E assim tão enamorados
Tendo o mar por companhia,
Despediram-se enlaçados
Do descanso e da alegria.
Regressaram ao seu pombal
Onde à anos fizeram ninho
Num modesto roseiral
Feito de amor e carinho.
E depois no dia seguinte
Pela manhã bem cedinho
Como faz o bom pedinte
Puseram asas ao caminho.
E lá foram pró trabalho
De cabeça bem erguida
Por esse difícil atalho
Que faz parte da sua vida.
Estes versos pobrezinhos
Vem mostrar em rica voz,
Que o caso destes pombinhos
É a história de todos nós.
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Rama Lyon
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3 comentários:
Um poema que me fez sorrir, sobretudo no final. E a verdade e' que sem repararmos a natureza conta e vive historias, como estas, que poderiam ser as historias de muita gente. Pena nao repararmos na beleza disso. Ainda bem que existe quem repare e escreva sobre elas.
com amizade amizade...
Olá amigo Rama Lyon
Encontrei o seu poema nos "Laços de Poesia, da nossa amiga Fernanda.
Li-o com tanto interesse e com o meu pensamento fixado de tal modo em si. que no final...deixei um comentário dirigido a si no blogue da nossa amiga.
Veja só.
Já expliquei á Fernanda.
Creio que aconteceu porqe quando eu leio um poema, um penso no autor, tentando perceber os seus sentimentos que o levaram a escrever tais palavras.
Gostei muito do poema de tal modo que o levei e publiquei no meu cantinho.
Não se importa, pois não?
Hoje é mesmo 31 de Agosto, e para muitos dos meus amigos também se acabaram as férias.
Desejo-lhe uma linda Terça-feira
Um abraço
viviana
Ola amigos. Estou um pouco preocupada
sem noticias vossas. Beijos e abracos nossos. Tenho realmente saudades.
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