Poema tirado das cinzas
Ó que grande desventura
Em que o país mergulhou,
Perdeu um manto de verdura
E um de cinzas encontrou.
Neste horror foi envolvido,
Com amarga devastação.
Faz pena vê-lo vestido
Com terra cor de carvão.
A floresta calcinada
Foi resistindo, só até,
À hora que asfixiada,
Também ela morreu de pé.
Há tantas mãos enganosas
Que do lume fazem um jogo
Assassinas, criminosas,
Como o dragão a deitar fogo.
Eu penso que o criminoso
Havia de vestir também,
P´ra ver se lhe dava gozo,
A farda que o país tem.
Que Deus dê à nossa terra,
Novamente formosura,
Desde o campo até à serra
Seja um jardim de verdura.
Todos nós gostamos ver
Fogueiras do São João,
Mas nunca na vida ter
Portugal feito em carvão.
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Rama Lyon
8 de Agosto de 2005
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……Este poema foi escrito em Agosto de 2005, por ocasião dos grandes fogos que puseram em brasa o nosso verde país. Infelizmente, neste momento e, derivado às circunstâncias que aos nossos olhos se apresentam, ele é de novo em foco de actualidade… É por essa razão que o trago de novo a ‘‘lume’’ deste bom povo português…
RAMA LYON
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6 comentários:
Ola Rama, eu lembro-me bem deste poema. E foi o unico poema a que eu mantive a foto. Para que seja lembrado o sofrimento, nao porque o sofrimento deva ser lembrado , mas para aqueles que o causam nao esquecam o mal que podem fazer aos outros. Um abraco com grande admiracao, pelo que escreve e pela pessoa que e'. A amizade que sinto por si e pela Cidalia, da' sentido a frase que tenho no Lacos E' POR ACASO QUE ALGUEM SURGE NA NOSSA VIDA MAS NAO E' POR ACASO QUE NELA PERMANECE. E o Rama de todas as pessoas que conheci desde o inicio na net, sobretudo no cantinho foi a unica que mereceu a minha amizade, sempre pelo respeito que mostrou por mim e depois pelo Eduardo. Obrigado Rama e Cidalia.
vou reeditar o poema no cantinho
enganei-me... no lacos... ainda nao consigo entrar no cantinho
OLÁ FERNANDA
É verdade que a nossa amizade (virtual) não fica de forma alguma a dever seja o que for a todas as amizades (visuais) que existem por esse mundo fora.
Desde à muito tempo que tanto eu, como a Cidália, nutrimos pela Fernanda e pelo Eduardo um elevado grau de simpatia,amizade e respeito.
Tenho toda a convicção que esses laços que agora nos unem irão pervalecer para sempre... como muito bem diz: é por acaso que alguém surge na nossa vida, mas não é por acaso que nela permanece.
Um grande beijinho nosso com o verdadeiro sentimento de poder suavizar as suas horas de solidão.
Com toda a amizade
António e Cidália
Aquilo que se lamenta é que quando chega o verão este seja sempre um problema que faz parte da actualidade. De lamentar tudo o que se passa onde as vidas que se perdem é o que mais tristeza causa. Pena que num país como o nosso, tão pequeno como é, não se tomem medidas para por termo a estes flagelos que sempre se repetem, onde o s fenómenos naturais não são a única causa para que aconteçam. Nem vale a pena comentar muito, pois sabemos que tudo se vai repetir...Porquê ?
Mais uma vez o amigo Rama, atento e preocupado, pena que a sua sensibilidade não chegue aos ouvidos daqueles que poderiam fazer algo para menorizar estes males.
Obrigado
Eduardo.
Aquilo que se lamenta é que quando chega o verão este seja sempre um problema que faz parte da actualidade. De lamentar tudo o que se passa onde as vidas que se perdem é o que mais tristeza causa. Pena que num país como o nosso, tão pequeno como é, não se tomem medidas para por termo a estes flagelos que sempre se repetem, onde o s fenómenos naturais não são a única causa para que aconteçam. Nem vale a pena comentar muito, pois sabemos que tudo se vai repetir...Porquê ?
Mais uma vez o amigo Rama, atento e preocupado, pena que a sua sensibilidade não chegue aos ouvidos daqueles que poderiam fazer algo para menorizar estes males.
Obrigado
Eduardo.
Obrigado amigo Eduardo pelo seu comentário...não vale a pena mais palavras porque não é com as nossas ''lágrimas'' que os incêndios vão ser apagados.
Um grande abraço nosso
António e Cidália
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