Não sei quem sou! Na mercearia, sou cliente!
No restaurante, sou freguês!
No correio, sou remetente!
No passaporte, sou português!
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Quando voto, sou eleitor!
Se ouço a rádio, sou ouvinte!
Na T V, sou espectador!
Nas Finanças, contribuinte!
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Quando viajo sou turista!
Se ando a pé sou um peão!
Na alfandega, contrabandista!
E na igreja sou sacristão!
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Se jogo na bolsa, investidor!
No casino, sou um viciado!
Com gravata sou doutor!
Se falo muito advogado!
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Se vou à Luz sou Benfiquista!
Em Alvalade, viro Leão!
Se sou do Porto, sou Portista
Mas nas Antas serei Dragão!
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Quando morrer serei finado!
Outros dirão que sou defunto!
Se me queimam sou cremado
E arruma-se logo o assunto!
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JOTTAMOTA
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NOTA: Este poema é da autoria do meu amigo
Jottamota, a quem mando um grande abraço.
1 comentário:
Muito bom! Fez-me soltar uma gargalhada. às vezes é assim que temos que ver as coisas... com ironia. Gostei mesmo... e não é fazer geito!
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