Foi na Figueira da Foz
Que um dia te conheci,
Por um olhar entre nós
Eu fiquei louco por ti.
Andavas de mini-saia,
Forma simples de trajar,
E até o vento na praia
Insistia prá levantar.
O meu coração parou
Como barco dando à costa,
O teu rosto então corou
E eu vi logo a resposta.
Era o amor vagueando
Ao sabor dos temporais,
Que me ia empurrando
Para ti, cada vez mais.
.
Desenhei na areia fina
Nossos corações em flor
E acrescentei por cima;
Eu te amo meu amor.
E feliz como a sereia
Vieste sem embaraços,
Sob o olhar da maré-cheia
Atirar-te prós meus braços.
Aqueles beijos salgados
Que trocámos na Figueira,
Deixaram-nos enamorados
Pró resto da vida inteira.
.
Rama Lyon
2 comentários:
Bom dia... para o resto da vida permanecem as coisas verdadeiras. E as coisas verdadeiras so' existem em quem sente de verdade. E um bonito amor pode ser revivido e lembrado, assim com alegria e certeza. parabens aos dois. parabens pelas visitas que recebe no cantinho da poesia. fico feliz. pena que ande tao descuidado, aquele cantinho. resto de bom domingo
Quando se recorda assim, aquilo que passou à tanto tempo, é porque permanece em vós aquilo que os fez unir. Será bom que o possam recordar sempre assim e que tenham o mesmo entusiasmo de então. A juventude permanece em tudo aquilo que escreve e não se escreve sem se sentir.
Eduardo.
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