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Entre as pedras livremente
Vais descendo lá da serra
Para vires de tangente
Dar um beijo à minha terra.
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Rio Mondego, quero ter,
A resposta verdadeira,
Porque vais sempre a correr
Da Estrela até à Figueira.
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Mas isso é velho segredo,
Bem traçado nos teus planos,
Escondido no arvoredo
Sabe Deus, à quantos anos.
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Quando passas em Coimbra
Ouves o fado do estudante,
Sem sequer teres ainda
Lá parado um só instante.
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Continuas o teu caminho
Mostrando ser o maior,
A dizer muito baixinho
Um adeus a Montemor.
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Nos braços levas pró mar
No turbilhão das tuas águas,
Ao de cima a baloiçar
Alegrias, dores e mágoas.
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À Figueira tu vais ter
Após tanto caminhar
E finalmente poder
No Oceano descansar.
Rama Lyon
4 comentários:
O rio Mondego deve agora correr muito orgulhoso. Eu admiro muito a sua capacidade poetica de descrever as coisas.
Trabalho de extrema beleza e criatividade.. Os meus parabéns! Um forte abraço dos Açores.
Quando passas em Coimbra
Ouves o fado do estudante,
Sem sequer teres ainda
Lá parado um só instante.
RAMA LYON
Nada é por acaso, e neste caso aqui, cheguei , gostei, e vou acompanhar. Meus cumprimentos ao poeta, realmente fiquei encantada,
Efigênia Coutinho
Poetar a natureza assim desta forma!... Grande cumplicidade.
Parabéns
MV
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